Gênesis | Primeiro casal

O primeiro casal é um caso muito interessante de ser estudado, pois eles não possuíam referências anteriores para comparar, criticar e definir o que seria melhor para ambos, mas tinham as orientações de seu Criador, que eram suficientes para viver uma vida saudável e funcional.

De forma resumida, Adão era responsável pelo cuidado do jardim do Éden, Eva era sua ajudadora e o casal deveria se multiplicar e dominar sobre as outras criaturas (Gênesis 1.28).

Além disso, eles poderiam se alimentar de qualquer fruto, exceto do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e que, se isso acontecesse, traria péssimas consequências (Gênesis 2.17).

É possível verificar como uma família está estruturada a partir da observação de como as pessoas interagem. Como não temos muitos detalhes do dia a dia do casal, vamos refletir a respeito do que que está escrito.

Neste caso, Eva foi a primeira a comer do fruto proibido e Adão fez a mesma coisa, logo na sequência. Eva tinha um papel muito bem definido de ajudadora do marido, mas parece que não houve respeito pelos critérios estabelecidos por Deus (Gênesis 2.18).

Outro fato interessante é que a serpente fez uma pergunta bem genérica antes de ser mais persuasiva. A pergunta foi a seguinte: não comereis de toda a árvore do jardim?

Com esta pergunta, Eva deve ter dado início a uma negociação intelectual sobre a orientação de Deus, passando a questionar o sentido dela. Eva respondeu exatamente o que não era permitido fazer, mesmo antes de ser totalmente seduzida.

Ela tinha conhecimento das consequências, mas preferiu pensar e agir sozinha a respeito de uma decisão tão importante e que afetava sua relação com Adão e com Deus (Gênesis 3.2).

Quanto tempo se passou entre a tentação e o ato de comer o fruto não está claro, nem o tempo entre ela e ele comerem, mas imagino que ela teve o suficiente para pensar no assunto, tanto antes, como depois.

Antes de oferecer o fruto ao marido, imagino que ela já devia estar sentindo os efeitos psicológicos da culpa pela desobediência, mas ela não se sentiu à vontade para falar com o marido a respeito do que tinha feito (Gênesis 3.6).

No final das contas, ambos cederam e o resto da história já sabemos. Então, sem desmerecer as conclusões tradicionais do primeiro pecado, podemos pensar que a comunicação do casal não parecia eficiente.

Ambos poderiam ter discutido o que fazer, antes de tomar qualquer atitude. Eva poderia ter respeitado o seu papel e poderia ter perguntado ao seu marido o que ele achava daquela decisão, antes, ou mesmo depois de tê-la feito.

Um casal que se comunica abertamente tem maior aliança e toma melhores decisões, sejam individuais ou em conjunto. Quando um conhece os desejos do outro e existe abertura emocional, é mais fácil lidar com problemas e situações novas. É preciso conhecer o outro intimamente e permitir que haja conflito de ideias e respeito pelas diferenças.

Gn.2.18 - Para discussao

·       Onde estava Adão quando Eva foi tentada pela serpente?

·       Um casal consegue estar todo o tempo junto?

·       Adão questionou a permissão para comer do fruto?

·       Ambos já tinham o desejo de provar o fruto?

·       Adão se preocupava com o que Eva estava sentindo?

·       Ele sabia quais eram as suas vontades e desejos?

·       Quantos casais podem dizer que se conhecem de fato?

·       Que problemas já passaram por falta de comunicação?

·       Como é possível melhorar nesse aspecto?

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